BUENOS AIRES, 6 de agosto — Com fotos e mensagens como evidência, a ex-primeira-dama argentina Fabíola Yañez denunciou formalmente o ex-presidente Alberto Fernández por violência doméstica, que teria ocorrido enquanto ele ainda estava no cargo de mandatário do país, dentro da residência oficial do governo.
A denúncia foi apresentada por videochamada (Yañez está morando em Madrid) ao juiz federal argentino Julián Ercolini, responsável pelo caso.
À mídia local, Fernández, que está proibido de deixar o país e de chegar perto da ex-primeira-dama, negou o crime e disse que provará tudo perante a Justiça.
A denúncia apresentada hoje é a segunda etapa da investigação. Em junho, fotos e mensagens que comprovariam as acusações sobre violência física foram captadas pelo Ministério Público argentino em uma investigação que mirava a secretária particular de Fernández, María Cantero, que trocava mensagens com a ex-primeira-dama argentina.
As fotos, de acordo com jornal local Clarin, mostrariam Yañez com “hematomas (roxo) no rosto, maxilar inchado e escoriações”. Alguns registros teriam sido feitos durante a sua gravidez em 2022. Na época, o caso ficou parado porque, pela lei local, era necessária uma denúncia formal da vítima, que preferiu não dar prosseguimento ao caso (estava arquivado até hoje).
Como próximo passo, é esperado que o juiz do caso convoque Yañez para um novo depoimento ao Ministério Público argentino.
Também é esperado que Fernández convoque uma coletiva para se defender publicamente das denúncias que foram apresentadas hoje.
Atualmente, Fernández, que se mudou para a Espanha logo após o fim de seu mandato, está morando novamente na Argentina em um apartamento no bairro mais elegante de Buenos Aires, que teria sido emprestado pelo empresário Enrique Albistur.
ATUALIZAÇÃO:
Portal argentino Infobae divulga parte das imagens que constam na denúncia de violência doméstica feita pela ex-primeira-dama Fabiola Yañez contra o ex-presidente argentino Alberto Fernández.
(Matéria em atualização)