AMMAN, 8 de maio — Oficiais jordanianos confirmaram que a Força Aérea Real da Jordânia realizou nesta noite ataques aéreos no sul da Síria contra posições controladas pelo Hezbollah libanês, grupo ligado ao regime iraniano e aliado ao regime sírio; um dos ataques mirava um conhecido traficante sírio, que morreu com a sua família.
Dias antes, o ministro das Relações Exteriores da Jordânia já havia prometido atacar regiões dentro da Síria se o regime local não controlasse o tráfico de drogas (especificamente o “captagon”, a chamada ‘cocaína dos pobres’ que na verdade é vendido na forma de comprimidos), que segundo ele representa uma “ameaça à segurança nacional de todos os países do Golfo”; “Não estamos encarando a ameaça do contrabando de drogas levianamente. Se não virmos medidas efetivas para conter essa ameaça, faremos o que for necessário para combatê-la, incluindo ações militares dentro da Síria”.
Os ataques foram comentados por oficiais jordanianos da Força Aérea porém não foram confirmados (procedimento comum) pelo governo local.
“Quando dermos qualquer passo para proteger nossa segurança nacional ou enfrentar qualquer ameaça, iremos anunciá-lo no momento certo” -Ministro das Relações Exteriores jordaniano Ayman Safadi
Os ataques miraram dois pontos na Síria, um em As-Suwayda e outro Deraa (na cidade de Kharab al Shahem), sendo o ponto de Deraa uma fábrica abandonada de drogas ligada ao Hezbollah, e o ponto de As-Suwayda (vilarejo de Shaab, bem próximo da fronteira com a Jordânia) a casa do famoso traficante sírio Marie al-Ramthan, que morreu com sua esposa e 6 filhos (mortes confirmadas por confirmação visual).
Ramthan possuía várias sentenças de morte na Jordânia.
Segundo oficiais da Jordânia, citando fontes locais, a fábrica abandonada de Deraa era utilizada como “ponto de encontro” de traficantes e contrabandistas do Hezbollah.
Também segundo os oficiais, o famoso traficante sírio Marie al-Ramthan estava recrutando “centenas de transportadores beduínos que se estavam aliando às milícias ligadas ao Irã” que controlam o sul da Síria.
(Em atualização)