Gigantes da Holanda e da Dinamarca anunciam oficialmente que não pagarão em rublos pelo gás russo; abastecimento provavelmente será cortado amanhã

Presidente russo Vladimir Putin | Imagem divulgada pelo governo russo

EUROPA, 30 de maio — Gigantes da Dinamarca e da Holanda, Ørsted A/S e GasTerra, responderam há pouco, oficialmente e de forma negativa, a um comunicado da Rússia sobre o corte de gás russo para os dois países caso o pagamento não seja efetivado até amanhã e na moeda russa (rublos).

Não temos nenhuma obrigação legal sob o contrato de fazê-lo e informamos repetidamente à Gazprom Export (estatal russa) que não o faremos -Ørsted

O contrato com a dinamarquesa tem -ou deveria ter- duração até o final da década*

A Agência Dinamarquesa de Energia disse que não são previstas consequências imediatas no fornecimento para a Dinamarca, que existe um plano de emergência e que é possível comprar gás/energia no mercado europeu “de outros fornecedores”; “não esperamos mudanças drásticas”.

Em resposta pública à demanda russa, a holandesa GasTerra disse que o pagamento em rublos viola “sanções impostas pela União Europeia” e que “há muitos riscos financeiros e operacionais associados à opção de pagamento exigida. Em particular, a abertura de contas em Moscow sob a lei russa e o controle sobre elas pelo regime russo representa muito risco para a empresa”.

“O comerciante de gás GasTerra decidiu por não cumprir os requisitos unilaterais de pagamento da Gazprom (estatal russa)” -GasTerra

A GasTerra é propriedade da Energie Beheer Nederland, que é propriedade do Estado holandês. Um quarto da GasTerra é de propriedade da empresa Shell e o restante é da empresa Esso/ExxonMobil.

A Holanda já tinha planos para deixar de comprar gás/petróleo russo no fim do ano, e a empresa estatal GasTerra disse que antecipou o movimento e já comprou o gás que precisava de outros fornecedores.

Não existe um comunicado oficial de corte, porém é esperado que os dois países deixem de receber o gás russo já amanhã (0h no horário local).

Oficiais europeus minimizaram o impacto dessa possível decisão e disseram que os dois países utilizam uma pequena proporção da demanda europeia e que isso não afetaria tanto o balanço no continente.

Recentemente a Rússia cortou a exportação de gás para a Finlândia, Polônia e Bulgária*


(em atualização)

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