Javier Milei toma posse como novo presidente da Argentina

Presidente da Argentina Javier Milei | Imagem por Televisión Pública de Argentina

BUENOS AIRES, 10 de dezembro — O libertário Javier Milei, eleito no último dia 19 de novembro para cumprir um mandato presidencial até o fim de 2027 na Argentina, tomou posse agora em uma grande cerimônia com a presença de vários líderes e representantes mundiais; entre os brasileiros que compareceram à cerimônia estão vários deputados, senadores, o ex-presidente Jair Bolsonaro e o chanceler Mauro Vieira, que viajou à capital argentina para representar o presidente Lula.

Com uma diferença de mais de 10 pontos (56% a 44%), Milei derrotou o atual ministro da Economia Sergio Massa, que foi escolhido pela ala governista para substituir o presidente Alberto Fernández, que após admitir um grande fracasso político e econômico, decidiu por não participar do pleito.

Milei pega uma Argentina que nos últimos 4 anos viu seu Produto Interno Bruno (PIB) retornar aos mesmos níveis de 2012, com a pobreza atingindo mais de 40% da população, com uma taxa cambial oficial que subiu cerca de 500% e uma inflação acumulada que é superior a 800% (vai bater os 150% na contagem anual, a maior marca registrada em 32 anos).

O presidente Javier Milei, que é descrito pela mídia internacional como um “político de extrema-direita” ou “ultraconservador”, nasceu em Buenos Aires em 1970, é um economista, escritor, docente, político e deputado argentino, e lidera a sigla política La Libertad Avanza.

Autointitulado “libertário”, Milei tem 53 anos, não é casado e não tem filhos, é formado em Economia pela Universidade de Belgrano e pós-graduado em Teoria Econômica e Ciências Econômicas.


A Argentina, que vive uma das mais duras crises econômicas de sua história, com uma inflação que deverá superar os 150% neste ano (maior marca já registrada em 32 anos), com um crescimento da dívida externa que já está quase batendo os US$ 300 bilhões, além de estar passando por uma seca histórica, está contando com uma linha de crédito “abrangente” brasileira e com acordos com a China para tentar estabilizar sua situação.

No último dia 28 de agosto, em uma coletiva ao lado do ministro da Fazenda Fernando Haddad, durante visita ao Brasil (visita que foi vista como exclusivamente política), o ministro e então candidato Sergio Massa anunciou um acordo com o Brasil de até R$ 3 bilhões em financiamentos de exportações.

Segundo o ministro Haddad, para afastar o medo de calote dos exportadores brasileiros, estes venderão para a Argentina, serão pagos pelo Banco do Brasil, que receberá garantia da CAF (Banco de Desenvolvimento da América Latina e Caribe) de um pagamento argentino em Yuan (moeda chinesa).

A conversão da moeda chinesa para reais aconteceria em Londres pelo próprio Banco do Brasil.

De acordo com o que foi dito nessa coletiva com o ministro argentino, o valor será destinado principalmente ao setores automobilístico e alimentício.

A Argentina também está entre os seis países que foram convidados na última cúpula dos BRICS para integrar o grupo a partir de 2024. O novo governo argentino já adiantou que recusará o convite (Milei é radicalmente contra o grupo).


(Em atualização)

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