DONBAS, 18 de fevereiro — Os autoproclamados líderes separatistas (apoiados pela Rússia) das regiões de Luhansk, Leonid Pasechnik, e Donetsk, Denis Pushilin, pediram há pouco, de forma oficial, citando uma “agressão ucraniana” que os cidadãos da região “evacuem para a federação russa”.
Os pedidos foram divulgados instantaneamente nas estatais de notícia da Rússia “Sputnik” e RIA Novosti (РИА Новости).
“A fim de evitar baixas entre a população civil, peço aos residentes da República que não têm ordens de mobilização, bem como aqueles que não estão envolvidos no suporte de vida das infraestruturas sociais e civis, a partirem para o território da Federação da Rússia o mais rápido possível” -Leonid Pasechnik, líder separatista de Luhansk
Os autoproclamados representantes das “Repúblicas Populares de Donetsk e Lugansk” disseram que “as forças armadas ucranianas abriram fogo contra suas posições”; “Kiev está ignorando os acordos de Minsk usando morteiros e artilharia”.
Ônibus que estão sendo “disponibilizados” para fazer a evacuação de civis da região:
Filas sendo registradas em frente aos bancos da região de pessoas retirando seu dinheiro antes de fugir:
Realidade: Por 7 anos, a Ucrânia nunca tentou retomar a região de Donbas militarmente. Mas agora, quando a Rússia literalmente completou a maior mobilização desde a Segunda Guerra Mundial e ameaça abertamente uma guerra na região, a Ucrânia, segundo as estatais russas, começou a representar um “grave perigo de ataques em massa contra civis”.
Desde ontem, a região de Donetsk, leste da Ucrânia, está registrando um forte conflito, provavelmente o maior desde 2015 entre separatistas apoiados pela Rússia e o exército ucraniano.
O cenário tem inúmeros pontos em comum com a situação reportada durante a anexação da Crimeia em 2014 e a invasão da Geórgia em 2008, ambas pela Rússia*
Imagens de um Jardim de infância que foi atingido ontem pela artilharia de separatistas da região leste da Ucrânia:
Casa (civil) atingida nesta noite pela artilharia de separatistas no leste Ucrânia:
Registros do conflito armado que está sendo registrado hoje na região:
(em atualização)