BRASÍLIA, 25 de julho — O presidente Lula voltou novamente aos noticiários brasileiros ao tocar no assunto de armas de fogo em sua live semanal, quatro dias após assinar um decreto sobre o tema, e dizer que pediu ao ministro da Justiça e candidato ao Supremo Flávio Dino para fechar todos os clubes civis de tiro do país e deixar abertos apenas os locais de treinamento das polícias e do Exército; na mesma entrevista em seu canal oficial no YouTube, o presidente ainda diz que não considera como “empresários” os donos de clubes de tiro.
“Tinha uma confusão, se pode liberar arma, CACs. Eu acho que temos que ter claro o seguinte: por que cidadão quer pistola 9 mm? O que vai fazer com essa arma? Vai fazer coleção? Vai brincar de dar tiro? Porque no fundo no fundo esse decreto de liberação de armas que o presidente anterior fez era para agradar o crime organizado, porque quem consegue comprar é o crime organizado e gente que tem dinheiro. Pobre trabalhador não está conseguindo comprar comida […] Eu, sinceramente, não acho que o empresário que tem um lugar de praticar tiro é empresário […] Eu já disse para o Flávio Dino: ‘Nós temos que fechar quase todos [clubes de tiro] e só deixar aberto os que são da Polícia Militar, Exército ou Polícia Civil’. É a organização policial que tem que ter lugar para treinar tiro, não a sociedade brasileira. Nós não estamos preparando uma revolução. Eles tentaram preparam um golpe, nós não. Nós queremos preparar a democracia.” -trecho da entrevista do presidente Lula em sua live semanal de hoje
Na última sexta-feira, o governo assinou um decreto sobre o tema que restringiu a quantidade de armas e o funcionamento de clubes de tiro no Brasil. O decreto, que já havia sido anunciado no começo da semana passada, faz parte do chamado Programa de Ação na Segurança (PAS), que teria como função “reduzir a violência” no país.
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(Em atualização)