Ministra de Estado da Igualdade Racial é registrada em passeio de moto sem capacete e Ministério justifica ato com regra imposta pelo tráfico do Rio; “inclusive, os carros precisam abrir os vidros”

Vídeo da ministra Anielle Franco visitando o Complexo da Maré | REPRODUÇÃO (redes sociais)

RIO DE JANEIRO, 20 de junho — A Ministra de Estado da Igualdade Racial, Anielle Franco, apareceu hoje em um vídeo realizando um passeio de moto no Complexo da Maré, zona norte do Rio de Janeiro, sem a utilização do capacete, como manda a legislação brasileira, motivo pelo qual várias cobranças e críticas públicas eram realizadas no passado quanto ao ex-presidente Jair Bolsonaro por conta do mesmo tipo de infração (a regra não se aplica às chamadas “motociatas” pois as vias eram sempre fechadas à circulação e o art. 1° do Código vigente especifica a exigência das vias abertas*).

De acordo com o Código de Trânsito Brasileiro, incisos I e II do Artigo 244, conduzir motocicleta sem o uso de capacete, assim como o passageiro, são infrações gravíssimas que geram punições que vão desde uma multa, até a suspensão do direito de dirigir e a retenção do veículo.

“Hoje estive na Maré, lugar de onde sou cria, para realizar uma escuta com moradores sobre as muitas violações que nosso povo ainda sofre por aqui – e em tantas outras favelas do país” -ministra de Estado, Anielle Franco

Após a circulação do vídeo e as críticas quanto comportamento da ministra pela desobediência às regras de trânsito, o Ministério da Igualdade Racial teria entrado em contato com o veículo de mídia BNEWS com uma justificativa.

“O ministério entrou em contato com o BNews para informar que é praxe qualquer motociclista circular pela Maré sem o capacete. E que, inclusive, os carros precisam abrir os vidros.” nota publicada pelo veículo BNEWS

Vídeo da ministra Anielle Franco visitando o Complexo da Maré

Não é a primeira vez neste ano que a região vira polêmica ao ser visitada por um ministro de Estado. No começo do ano, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, visitou a comunidade, que é formada por 16 favelas e tem o comando dividido entre os rivais Comando Vermelho e TCP (Terceiro Comando Puro), e recebeu várias críticas após especialistas e policiais dizerem publicamente que a entrada do ministro não seria possível sem a autorização (“aval”) do tráfico local.


(Em atualização)

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