SÃO PAULO, 27 de março — A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo, através do secretário Guilherme Derrite, confirmou há pouco a morte da professora Elisabeth Tenreiro, de 71 anos, vítima de um ataque com faca realizado na manhã de hoje por um aluno do oitavo ano da Escola Estadual Thomázia Montoro, na Vila Sônia, zona oste de São Paulo.
De acordo com a Polícia Militar, o ataque ocorreu por volta das 7h20, logo após a abertura dos portões da Escola Estadual Thomazia Montoro. O aluno foi detido logo em seguida.
No momento do ataque, o aluno vestia roupas escuras, usava luvas, e a famosa balaclava de caveira utilizada em quase todos os ataques em escolas.
Segundo testemunhas (alunos), o aluno assassino passou por trás da professora e desferiu golpes nas costas e na região do pescoço da profissional que no momento mexia no celular.
“Irá acontecer hoje. Esperei por esse momento minha vida inteira. Tomara que consigo alguma kill pelo menos, minha ansiedade começa a atacar por causa disso. Enfim… me desejem boa sorte” –post do assassino nas redes sociais
Outras três professoras e um colega de sala do assassino, que tentou ajudar a primeira vítima, ficaram feridos (o aluno que tentou ajudar foi levado para um hospital próximo com um “corte superficial” no braço).
Uma das professoras feridas foi levada para o Hospital das Clínicas e outra para o Hospital Bandeirantes. A terceira sofreu parada cardiorrespiratória e precisou ser socorrida pelo Helicóptero Águia, da Polícia Militar.
Vários pais de alunos relataram, em entrevistas à TV local, que agressões físicas entre os alunos “são constantes” na escola, principalmente “pela questão do bullying”.
O aluno assassino, que havia sido transferido para outra escola, retornou para a Escola Estadual Thomázia Montoro no último dia 15 de março.
A direção da outra escola chegou a alertar a polícia – registrando até um boletim de ocorrência – sobre o comportamento do aluno, que na época “postava imagens de armas”, fazia enquetes sobre “qual serial killer você seria” (com opções marcando assassinos que atacaram escolas) e enviava imagens segurando armas, provavelmente de brinquedo, para outros alunos; “apresentando um comportamento suspeito nas redes sociais, postando vídeos comprometedores como, por exemplo, portando arma de fogo, simulando ataques violentos” –trecho do boletim de ocorrência.
(em atualização)