Para acomodar Centrão, governo pensa em entregar o ministério de Alckmin e enviá-lo para a Defesa

Presidente Lula e vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin | Imagem por Marcelo Camargo/Agência Brasil (EBC)

BRASÍLIA, 31 de julho — Integrantes do Centrão contam com uma transferência do vice-presidente Geraldo Alckmin, que também é ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, para o ministério da Defesa; a entrega do ministério de Alckmin seria uma opção mais viável ao Republicanos, que inicialmente ficaria com ministério do Esporte (seria entregue ao deputado Silvio Costa Filho), e que também recebeu a proposta de indicar alguém para o ministério da Ciência e Tecnologia, proposta que foi vista com pouco interesse.

Com a incorporação do Centrão, o governo espera ter ao menos 300 votos garantidos em todas as votações da Câmara.

As trocas são esperadas para começar a acontecer no mês de agosto.

Outras trocas que são esperadas para abrigar o Centrão no governo:

  • É esperado que o Ministério do Desenvolvimento Social, que cuida do Bolsa Família e que é comandado pelo senador petista Wellington Dias, ou seja entregue ao Centrão, ou seja dividido em dois ministérios para abrigar o deputado e aliado de Lira André Fufuca, do PP do Maranhão. Fufuca tem interesse em aparecer mais e se lançar ao Senado em 2026;
  • O comando da Caixa deverá sair das mãos de Rita Serrano e ir para um indicado da sigla PP, que busca uma mulher para o cargo (provavelmente a ex-deputada Margarete Coelho, aliada de Lira). Inicialmente o cargo seria entregue ao ex-ministro – e aliado de Lira – Gilberto Occhi;
  • A recém-recriada Fundação Nacional de Saúde (Funasa), que conta com um orçamento de R$ 2,8 bilhões, está sendo disputado entre as siglas PP, PSD, União Brasil, Republicanos e MDB;
  • EMBRATUR (faz parte do Turismo – já ocupado pelo Centrão – e está sob o comando de Marcelo Freixo, do PT) e Correios contam com uma resistência pessoal de Lula, mas são disputados diretamente por membros do União Brasil (Alcolumbre, Luciano Bivar e Elmar Nascimento) – o governo tenta negociar a entrega de diretorias para não perder o controle dos órgãos;
  • Na muito provável entrega do ministério do Esporte ao Republicanos (deputado Silvio Costa Filho, filho do ex-deputado Silvio Costa, amigo pessoal do presidente Lula e da ex-presidente Dilma Rousseff), poderá ser criado o cargo de “Autoridade Olímpica” para abrigar atual ministra do Esporte, Ana Moser;
  • No caso do ministério da Ciência e Tecnologia ser entregue ao Centrão, a titular da pasta Luciana Santos deverá ser remanejada para o Ministério dos Direitos Humanos ou das Mulheres.

Apesar da indicação praticamente certa de parlamentares da sigla, o Republicanos, que possui 45 deputados, desconversa sobre o assunto e diz que o movimento não é uma indicação de entrada para a base do governo.

Outro pedido que é nutrido pelo Centrão, mas que vem enfrentando forte resistência do próprio presidente, é a troca da ministra da Saúde, Nísia Trindade. Em uma troca que poderá acontecer posteriormente, a ministra deverá ser substituída por um “nome técnico” (para não parecer que foi um indicado político) apadrinhado pela sigla PP, de Arthur Lira.

Lula e Lira devem se sentar para conversar nesta semana com o retorno dos trabalhos do Congresso (recesso).


(Em atualização)

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