VIENA, 20 de janeiro — O Parlamento austríaco aprovou há pouco a -já adiantada desde a semana passada- obrigatoriedade da vacinação contra a COVID-19, se tornando o primeiro país europeu a adotar tal medida.
Os legisladores aprovaram a proposta por 137 votos a 33.
A nova regra se aplica a todos os residentes da Áustria com 18 anos ou mais (com exceção das mulheres grávidas, pessoas que por motivos médicos não podem ser vacinadas ou pessoas que se recuperaram de uma infecção por coronavírus nos últimos seis meses, com a devida documentação).
“Este foi um grande passo, e também um passo duradouro […] É assim que conseguimos escapar do ciclo de lockdowns, de restrições […] É por isso que esta lei é tão urgentemente necessária agora”-Wolfgang Mueckstein, ministro da Saúde austríaco
O governo da Áustria já havia anunciado um plano para a obrigatoriedade das vacinas ao mesmo tempo em que impôs um lockdown em novembro.
Após o fim do lockdown nacional, as medidas restritivas continuaram em vigor para os não vacinados.
Segundo dados oficiais, 72% da população austríaca está “completamente vacinada” (duas ou três doses aplicadas).
A coalizão governista do novo chanceler Karl Nehammer precisou contar com dois dos três partidos da oposição no Parlamento para implementar a obrigatoriedade.
As multas para quem não se vacinar poderão chegar a €3.600 (R$ 22.000), e elas serão aplicadas a cada três meses.
A obrigatoriedade ficará em vigor até -pelo menos- janeiro de 2024.
O governo tinha o plano de cobrar a obrigatoriedade da vacina (e multar) maiores de 14 anos, porém não conseguiu votos suficientes e teve que alterar o plano inicial.
Ainda sem confirmação: A Alemanha pode ser o próximo país a implementar a medida.
(em atualização)