Pentágono assume a autoria por ataque aéreo reportado nesta noite na Síria; movimento teria sido resposta a um ataque com drone iraniano que causou uma morte e deixou militares americanos feridos

Captura de tela do vídeo que mostra um depósito de munições da Guarda Revolucionária Islâmica/Irã em chamas após um ataque aéreo americano na Síria | ARQUIVO

WASHINGTON, 24 de março — Os Estados Unidos assumiram agora a autoria do ataque aéreo que foi reportado nesta noite na Síria; mídia estatal local havia culpado Israel (que semanalmente realiza ataques na região contra membros da Guarda Revolucionária Islâmica/Irã ou equipamentos iranianos).

Segundo nota emitida pelo Pentágono, o ataque, realizado com caças F-15E, teria sido uma resposta por outro ataque que foi reportado nesta tarde, por um drone iraniano, que atingiu uma instalação de manutenção em uma base da Coalizão perto de Hasakah, no nordeste da Síria.

O ataque com drone iraniano (Qasef-1) teria matado 1 contratado dos EUA e ferido 5 militares americanos, alem de um outro contratado.

As imagens do ataque, que havia sido erroneamente atribuído pela estatal síria a Israel, indicam que um dos alvos seria um depósito de munições da Guarda Revolucionária Islâmica próximo da base aérea militar de Deir Ez Zor, Síria.

Os outros alvos, de acordo com oficiais militares americanos, foram um “prédio de controle” e um “local de coleta de informações”.

Imagens do ataque aéreo americano que foi realizado na Síria (no momento do post, seguindo a estatal síria de notícias, ainda tratado como se tivesse sido realizado pela Força Aérea israelense)

“Sob a direção do presidente Biden, autorizei as forças do Comando Central dos EUA a conduzirem ataques aéreos de precisão esta noite no leste da Síria contra instalações usadas por grupos afiliados ao Corpo das Guardas Revolucionários Islâmicas do Irã (IRGC) […] Os ataques aéreos foram conduzidos em resposta ao ataque de hoje, bem como uma série de ataques recentes contra as forças da Coalizão na Síria por grupos afiliados ao IRGC […] Como o presidente Biden deixou claro, tomaremos todas as medidas necessárias para defender nosso povo e sempre responderemos no momento e local de nossa escolha […] Nenhum grupo atacará nossas tropas impunemente […] Nossos pensamentos estão com a família e os colegas do contratado que foi morto e com os feridos no ataque de hoje” –Secretário de Defesa americano Lloyd J. Austin III

De acordo com o general Michael “Erik” Kurilla, comandante do Comando Central dos EUA, em depoimento ao Congresso nesta quinta-feira, aconteceram 78 ataques contra instalações que abrigam tropas americanas no Iraque e na Síria desde janeiro de 2021. Acredita-se que os ataques, que são realizados sempre com drones e foguetes, possuem a participação direta do Irã ou de milícias financiadas pelo país (de fato, todos os destroços encontrados em todos os últimos ataques são de equipamentos iranianos).

Não é possível prever se o Irã responderá ao ataque aéreo americano que segundo testemunhas teria matado “múltiplos membros do grupo” Guarda Revolucionária Islâmica, que é uma Força militar iraniana sob o comando do líder supremo local, Ayatollah Khamenei (incomparavelmente mais forte e mais equipada que o próprio Exército do Irã).

O último grande conflito entre os dois países aconteceu justamente quando sob a autorização do ex-presidente americano Donald Trump, em 2020, os Estados Unidos mataram o General Qasem Soleimani, ex-líder da Guarda Revolucionária Islâmica (IRGC) e na época a segunda pessoa mais forte do regime iraniano.


(em atualização)

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