Polônia anuncia oficialmente que decidiu por cobrar “reparações” da Alemanha, no valor de 1,32 trilhão de dólares, pelas suas perdas na Segunda Guerra Mundial

Líder do partido governista e vice-primeiro-ministro polonês Jarosław Kaczyński | Imagem por Adrian Grycuk

VARSÓVIA, 1 de setembro — A Polônia anunciou há pouco que decidiu por cobrar oficialmente uma “reparação” pelas suas perdas na Segunda Guerra Mundial causadas pela Alemanha; o valor da cobrança, anunciado pelo vice-primeiro-ministro Jarosław Kaczyński, foi estipulado em 6,2 trilhões de zlotys (1,32 trilhão de dólares americanos).

Essa nova estimativa supera o valor que havia sido calculado em 2019 em US$ 850 bilhões.

Cerca de seis milhões de poloneses, incluindo três milhões de judeus poloneses, foram mortos durante a guerra, e a capital Varsóvia foi destruída após uma revolta em 1944 na qual ~200.000 civis perderam a vida.

“Não só preparamos o relatório, mas também tomamos a decisão sobre os próximos passos […] A soma apresentada foi adotada pelo método mais limitado, conservador, seria possível aumentá-la” –Jarosław Kaczyński

O partido Lei e Justiça (PiS), desde que assumiu o governo em 2015, sempre falou em pedir essa indenização, mas a Polônia nunca havia exigido oficialmente as tais “reparações”.

Em 1953, durante o regime comunista da Polônia (foi invadida por nazistas e comunistas, que dividiram o território em um acordo formal), o país, por pressão da União Soviética, que queria retirar a responsabilidade de seu braço soviético na Alemanha Oriental, renunciou a todas as reivindicações de reparações de guerra.

O partido governista diz que este acordo é inválido porque a Polônia não conseguiu negociar uma compensação justa.

Oficialmente, a Alemanha argumenta que a compensação foi paga às nações do Bloco Oriental nos anos após a guerra e diz que o assunto “está encerrado”.

Polônia e Alemanha, que frequentemente tinham problemas com posições políticas contrárias sobre o andamento da União Europeia, andam se estranhando após a guerra na Ucrânia, com o lado polonês criticando duramente o lado alemão, que por depender do gás russo, não consegue assinar sanções mais duras contra a Rússia.

No Bloco Europeu, sanções precisam ser aprovadas por todos os membros, e Alemanha e França estão sempre contendo o avanço das medidas (o presidente francês Emmanuel Macron só finge apoio quando precisa de votos em eleições locais / no meio das eleições francesas ele chegou até a fazer um ensaio fotográfico com roupas similares às utilizadas pelo presidente ucraniano Volodymyr Zelensky).

Atualização

  • Posição oficial do Ministério das Relações Exteriores da Alemanha (primeira posição oficial): “A questão das reparações está concluída, a posição alemã permanece inalterada, a Polônia renunciou às reivindicações de reparações há muito tempo.”

(em atualização)

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