Por conta de post apagado sobre as eleições, PGR pede os dados de todos os seguidores do ex-presidente Jair Bolsonaro no Facebook, Instagram, YouTube, LinkedIn e TikTok

Ex-presidente Jair Bolsonaro acompanhando de seu advogado Fábio Wajngarten em coletiva após o último depoimento prestado à PF | Imagem por Valter Campanato/Agência Brasil

BRASÍLIA, 17 de julho — A pedido do subprocurador-geral da República Carlos Frederico Santos, a Procuradoria-Geral da República pediu hoje que o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, peça às empresas donas das redes sociais Facebook, Instagram, YouTube, LinkedIn e TikTok enviem um arquivo com os dados de todos os seguidores do ex-presidente Jair Bolsonaro no âmbito do inquérito dos atos de 8 de janeiro; o pedido foi fundamentado com base em um vídeo com questionamentos sobre o processo eleitoral que foi postado no dia 11 de janeiro e rapidamente apagado por Jair Bolsonaro (segundo o ex-presidente, o vídeo foi postado sem querer).

O pedido ainda solicita o arquivo do vídeo, os dados sobe quem curtiu, visualizou, compartilhou ou repostou o conteúdo, além de uma coletânea com todos os posts do ex-presidente sobre o Supremo Tribunal Federal, Tribunal Superior Eleitoral, Forças Armadas e eleições.

Um pedido similar já havia sido feito anteriormente, porém segundo o subprocurador-geral Carlos Frederico Santos, a solicitação ainda não havia sido analisada pelo ministro relator, Alexandre de Moraes.

A justificativa para que o pedido fosse reiterado seria de que a PGR precisa de “dados concretos” para “fundamentar uma análise objetiva do alcance das mensagens, vídeos e outras manifestações publicadas pelo ex-presidente da República nas redes sociais”.

Carlos Frederico Santos é o subprocurador que representa a PGR nos casos relacionados aos atos de 8 de janeiro, e também é um dos candidatos (atrás na ‘corrida’) cotados para ser o próximo indicado ao cargo de Procurador-geral.

Santos já entregou 1.399 denúncias contra os presos dos 8 de janeiro pelos crimes de “articular e participar dos ataques golpistas” (base governista acha que ele está tentando mostrar trabalho).

Hoje, o mais cotado para assumir a posição de PGR continua sendo o vice-procurador-geral eleitoral, Paulo Gonet, que é apoiado pelos ministros Alexandre de Moraes e Gilmar Mendes, seu ex-sócio no Instituto de Direito Público.

Gonet foi quem representou o Ministério Público Eleitoral no julgamento que terminou com a pena de inelegibilidade de 8 anos aplicada ao ex-presidente Jair Bolsonaro (com voto pela condenação por “abuso de poder político” e “uso indevido dos meios de comunicação estatal” lido pelo próprio subprocurador).

Tanto na ala governista quanto na oposição, também acreditam que o atual PGR Augusto Aras esteja se movimentando para ser reconduzido ao cargo*


ATUALIZAÇÕES:

  • 18/07/2023 – 13h20. A PGR se manifestou há pouco sobre o pedido do subprocurador quanto à obtenção de dados dos seguidores do ex-presidente Jair Bolsonaro. De acordo com uma nota oficial, os dados foram de fato solicitados, porém o órgão ressaltou que apenas o ex-presidente está sendo investigado e que os dados dos seguidores não serão expostos (a nota não esclarece dúvidas ou altera o que foi dito inicialmente sobre a medida). “O órgão esclarece que essas pessoas não estão sendo investigadas nem terão seus dados expostos […] O objetivo do pedido é obter informações que permitam avaliar o conteúdo e a dimensão alcançada pelas publicações do ex-presidente em relação aos fatos ocorridos em 8 de janeiro nas redes sociais” -nota do MPF

(Em atualização)

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