MOSCOW, 30 de setembro — O presidente russo Vladimir Putin acabou de anunciar, em uma cerimônia pública com autoridades russas, a anexação de quatro regiões ucranianas parcialmente ocupadas; movimento é a maior anexação de território de um país soberano desde a Segunda Guerra mundial e inclui os territórios de Kherson, Zaporizhzhia, Donetsk e Luhansk.
Anexação ocorre dias após um “referendo” realizado pela Rússia nas quatro regiões e que acabou, segundo a Rússia e apenas a Rússia, com a população optando por fazer parte da Federação russa.
Por ora, nenhum aliado russo reconheceu os referendos e a anexação de territórios.
Para efeito de comparação: Ossétia do Sul, região separatista tomada da Geórgia pela Rússia em 2008 (do mesmo jeito), e que também está em processo de virar território russo (formalização), até hoje só teve sua “independência” reconhecida pela Venezuela, Síria, Nicarágua e Nauru*
“Existem quatro novas regiões na Rússia […] agora eles são cidadãos russos para sempre […] Kyiv (capital ucraniana) deve respeitar a vontade das pessoas […] Defenderemos nossas terras com todos os meios […] Nós pedimos a Kyiv que pare com as atividades militares imediatamente e retorne à mesa de negociação […] estamos prontos para conversar […] o Ocidente coletivo tem medo de nossa filosofia e é por isso que eles tentam assassinar nossos filósofos […] o Ocidente quer fazer da Rússia sua colônia” –Vladimir Putin
É esperada uma dura reação do Ocidente e o provável fechamento de fronteiras*
Muito se fala sobre uma esperada “reação russa” aos prováveis ataques ucranianos que acontecerão nestas regiões, já que elas agora, aos olhos da Rússia, fazem parte da Federação russa, mas vale salientar um detalhe: conflitos na fronteira já acontecem desde março. A Ucrânia realiza ataques em Belgorod (território russo) desde 29 de março, e isso não causou qualquer tipo de escalada*
Atualização:
- Discurso encerrado; foi basicamente um texto antiocidente direcionado ao público interno;
- Putin, ao lado dos líderes das 4 regiões (apontados pela própria Rússia), assina o decreto formalizando a anexação dos territórios.
(em atualização)