Restando 5 dias até o segundo turno, Argentina divulga dados da inflação, que bateu o maior índice em 32 anos; alta acumulada chegou a 142,7% em 12 meses

Ministro da Economia e candidato à Presidência Sergio Massa | Imagem por Fotos Kaloian/Ministerio de Cultura de la Nación

BUENOS AIRES, 14 de novembro — De acordo com o Instituto Nacional de Estatísticas e Censos da Argentina, a inflação anual da Argentina atingiu em outubro 142,7% no acumulado de 12 meses; o avanço foi impulsionado principalmente pelos aumentos nos setores de comunicação (12,6%), vestuário (11%), eletrodomésticos (10,7%), bebidas alcoólicas e tabaco (9,8%), recreação e cultura (9,3%), restaurantes e hotelaria (8,8%), serviços essenciais (7,8%), alimentos (7,7%), serviços variados (7,7%) e transporte (7,1%).

Essa é a maior marca já registrada em 32 anos.

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O país passará por uma disputa de segundo turno das eleições presidenciais no próximo dia 19 de novembro entre o atual ministro da Economia, Sergio Massa, e o candidato libertário Javier Milei.

Ambos figuram em primeiro e segundo colocados nas últimas pesquisas dos principais institutos nacionais e internacionais (pesquisas estão divididas).

O candidato governista Massa aparece à frente nas pesquisas dos institutos Proyección (44,6%/33,2%), Analogías (42,4%/34,3%), Opinaia (40,1%/38,9%), Management & Fit (41,2%/40,5%) e Federico González y Asociados (43,5%/39,2%).

O opositor Milei lidera nas pesquisas dos institutos CB Consultora Opinión Pública (50,7%/49,3%), Atlas (52%/48%), Giacobbe & Asociados (41,7%/39,8%) e Synopsis (42,1%/40,6%).

Massa, que de acordo com os números oficiais terminou o primeiro turno com 36,68%, conta com os votos do quarto e da quinta colocada, respectivamente Juan Schiaretti (membro do Partido Justicialista, de centro-esquerda) e Myriam Bergman (dirigente nacional do Partido dos Trabalhadores Socialistas), que terminaram o primeiro turno com 6,78% e 2,70%.

Milei, que passou ao segundo turno com 29,98%, conta com os votos da terceira colocada Patricia Bullrich, que obteve 23,83% dos votos válidos.

Milei e Massa também estão pedindo os votos de quem não saiu para votar no pleito que registrou oficialmente a maior abstenção dos últimos 40 anos.


A Argentina, que vive uma das mais duras crises econômicas de sua história, com uma inflação que deverá superar os 150% neste ano, além de estar passando por uma seca histórica, está contando com uma linha de crédito “abrangente” brasileira e com acordos com a China para tentar estabilizar sua situação.

No último dia 28 de agosto, em uma coletiva ao lado do ministro da Fazenda Fernando Haddad, durante visita ao Brasil (visita que foi vista como exclusivamente política), o ministro e candidato Sergio Massa anunciou um acordo com o Brasil de até R$ 3 bilhões em financiamentos de exportações.

Segundo o ministro Haddad, para afastar o medo de calote dos exportadores brasileiros, estes venderão para a Argentina, serão pagos pelo Banco do Brasil, que receberá garantia da CAF (Banco de Desenvolvimento da América Latina e Caribe) de um pagamento argentino em Yuan (moeda chinesa).

A conversão da moeda chinesa para reais aconteceria em Londres pelo próprio Banco do Brasil.

De acordo com o que foi dito na coletiva com o ministro argentino, o valor será destinado principalmente ao setores automobilístico e alimentício.

A Argentina também está entre os seis países que foram convidados na última cúpula dos BRICS para integrar o grupo a partir de 2024 (o candidato Javier Milei é radicalmente contra os BRICS*).


(Em atualização)

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