LONDRES, 4 de outubro — Seguindo um movimento feito pela Nova Zelândia, o primeiro-ministro britânico Rishi Sunak anunciou hoje, durante uma convenção do Partido Conservador em Manchester, sob aplausos, mesmo admitindo que a medida vai contra o discurso liberal, que irá propor o aumento progressivo da idade mínima para que alguém possa comprar cigarros até que pessoas que nasceram depois de 2009 nunca possam adquirir o produto legalmente (proibição vitalícia); se aprovado, como esperado (assim como aconteceu na Nova Zelândia, o projeto não seria anunciado sem a projeção de aprovação), o Reino Unido inaugurará esse tipo de medida na Europa (é esperado que a Dinamarca faça o mesmo em breve).
Na prática, as crianças que hoje estão com 14 anos nunca poderão comprar cigarros legalmente.
“Se quisermos fazer a coisa certa para os nossos filhos, devemos, em primeiro lugar, tentar impedir que os adolescentes comecem a fumar. Quatro em cada cinco fumantes começaram aos 20 anos. Mais tarde, a grande maioria tenta parar, mas não consegue porque é viciada. Proponho que aumentemos a idade para fumar em um ano todos os anos. Isso significa que um jovem de 14 anos de hoje nunca conseguirá comprar legalmente um cigarro, o que significa que ele e sua geração crescerão sem fumar.” -Rishi Sunak
Durante o discurso, o primeiro-ministro também disse que criará medidas para combater o uso – que é cada vez mais frequente – de cigarros eletrônicos (“vapes”) por crianças, com a restrição de sabores e o controle das propagandas dos equipamentos para que não possam mais ser direcionadas aos menores.
De acordo com números do governo britânico (citados no discurso), doenças ligadas ao fumo excessivo custam por ano ao serviço de saúde britânico (NHS) 17 bilhões de libras (R$ 106,4 bilhões).
Após o discurso, já foi possível visualizar uma queda nas ações de empresas como a Japan Tobacco (produz os cigarros Camel e Benson & Hedges) e Imperial Brands (produz os cigarros Winston e Golden Virginia), que abastecem boa parte do mercado interno*
(Em atualização/não é difícil de imaginar que essa discussão chegará no Brasil)
