Seguindo Argentina, Força Aérea Brasileira confirma interesse em comprar um lote de caças F-16 usados dos EUA

Caças F-16 Fighting Falcon | Imagem por USAF/Staff Sgt. Taylor Harrison

BRASÍLIA, 14 de junho — A Força Aérea Brasileira confirmou ao portal especializado Defesa Aérea e Naval que o Brasil está interessado em adquirir um lote de caças Lockheed Martin F-16 (C/D) Fighting Falcon/Viper usados de estoques excedentes da Força Aérea Americana, que deverá substituir de uma forma relativamente barata os caças F-5 (44 unidades) e AMX (50 unidades) que o Brasil opera desde as décadas de 70 e 90, respectivamente.

Caça F-5M TIGER II da Força Aérea Brasileira | Imagem por FAB/Sgt. Müller Marin
Aeronave de ataque A-1A (AMX) da Força Aérea Brasileira | Imagem por Agência Força Aérea/Ten. Enilton

O F-16 é um dos caças mais populares do mundo e é utilizado por praticamente todos os aliados americanos.

Essa é a mesma aeronave que vários países estão enviando para a Ucrânia (as primeiras unidades serão entregues em breve) na guerra contra a nova invasão russa de 2022.

Caça F-16 carregando bombas termonucleares B61-3 e B61-12 (objetos na cor laranja)

Na América do Sul, essa aeronave já é operada pelo Chile, será operada em breve pela Argentina (acordo que ficou parado por anos e foi completado há pouco tempo pelo presidente Milei), e faz parte da sancionada Força Aérea venezuelana (funcionam sem atualizações e com peças compradas no mercado comum).

Anúncio de aquisição de caças F-16 (também usados) pelo governo argentino (ministro Luis Petri e presidente Javier Milei)
Caças F-16 venezuelanos operando em uma interceptação no último dia 07/05 (aeronaves chegaram no país entre os anos de 1983 e 1985)

O boato de que a Força Aérea do Brasil estava de olho em adquirir 24 caças F16 não é tão recente e já fazia parte de várias discussões na mídia especializada (os caças até já aparecem em slides de planos futuros nas apresentações da Aeronáutica).

A confirmação de interesse foi divulgada de forma oficial na seguinte nota emitida pelo Centro de Comunicação Social da Aeronáutica:

“A Força Aérea Brasileira (FAB) informa que está levantando dados para a realização de um estudo sobre a possibilidade de aquisição de aeronaves de caça usadas F-16 Fighting Falcon. A análise, no entanto, não guarda relação com as capacidades da aeronave F-39 Gripen. Destaca-se, ainda, que, até o momento, não estão sendo realizadas negociações com governos ou empresas, nem foram definidas quantidades ou versões. As únicas interações realizadas sobre o tema tiveram como objetivo o levantamento de dados.” -nota enviada ao portal Defesa Aérea e Naval

Se o acordo realmente acontecer, é esperado que os caças F-16 americanos não concorram em funções com os caças suecos SAAB Gripen que o Brasil que já opera e ainda está recebendo por encomenda (36 caças ao todo).

Ao menos no papel, devido aos equipamentos modernos, os caças suecos Gripen desempenharão a função de dominação aérea na região, enquanto os caças F-16 se encarregarão das missões de ataque.

Como as aeronaves na existem, não é esperado que a entrega seja demorada.

Arte de como ficaria a aeronave com a tradicional pintura da aviação militar brasileira

No final de abril, a Argentina adquiriu 24 caças americanos F-16 da Dinamarca por US$ 301,2 milhões (R$ 1,5 bilhão), a serem pagos em cinco parcelas (o valor do contrato também inclui mísseis e peças de reposição). As entregas das aeronaves começarão já em 2025.

O Brasil adquiriu 36 caças Gripen (novos, com transferência de tecnologia) da Suécia em 2014 (anunciado no fim de 2013) por US$ 5,4 bilhões (dólares) ou R$ 28 bilhões (reais) em valores atuais na moeda brasileira, aeronaves que serão entregues até 2027.


(Matéria em atualização)

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