TEERÃ, 11 de junho — De acordo com a estatal de mídia do Irã “IRNA”, foi assinado nesta manhã um acordo entre a Venezuela e o Irã que garante uma cooperação bilateral de 20 anos que “envolvem a área militar, petróleo (reparo de refinarias), gás, agricultura e cultura”.
Segundo o presidente iraniano e provável futuro Ayatollah/líder supremo do Irã (substituirá o Ayatollah Khamenei), a assinatura do pacto “mostra a determinação dos altos funcionários dos dois países de desenvolver as relações em diferentes campos”.
O documento, que não teve seus detalhes divulgados, foi assinado pelos ministros das Relações Exteriores dos dois países, em uma cerimônia pública no Palácio de Saadabad, no norte da capital Teerã.
Maduro afirmou que ambos compartilham uma “amizade indestrutível” e destacou que eles possuem “grandes frentes de cooperação” nas áreas de petróleo e gás, “a nível financeiro, com o Banco Nacional de Desenvolvimento Irã-Venezuela”, no setor de defesa, e também comentou que a Venezuela se inspira no “milagre econômico na produção de alimentos” do Irã.
“[…] projetos conjuntos entre os dois países para produzir alimentos na Venezuela e exportar ao Irã” –Nicolás Maduro
A retomada de voos entre Caracas~Teerã também foi anunciada durante o discurso do ditador venezuelano: “A Venezuela está aberta a receber o turismo do Irã para que venham desfrutar da beleza do Caribe, dos Andes, da Amazônia”.
Antes de chegar ao Irã, Madurou passou -fazendo visitas oficiais- pela Turquia (presidente turco se comprometeu a visitar a Venezuela no mês que vem) e pela Argélia.
Realisticamente os dois países já são grandes parceiros e trabalham juntos -ativamente- em todas as áreas citadas acima.
A visita acontece em meio a realização da Cúpula das Américas (está sendo realizada nos EUA e a Venezuela, na pessoa do ditador Nicolás Maduro, não foi convidada).
Sobre equipamentos militares iranianos, a Venezuela possui vários drones de reconhecimento e de combate (mostramos nos stories do Instagram os exatos voos e cargas marítimas que trouxeram os equipamentos), inúmeros foguetes (lotes gigantescos do Fajr-1 iraniano, cópia do Katyusha 107 mm russo / é sempre utilizado contra Israel pelo Hamas) e loitering munition (drones “kamikaze”).
Os únicos equipamentos que os EUA conseguiram (tiveram a boa vontade) de rastrear e impedir o envio, foram embarcações pequenas de combate, que foram flagradas em imagens de satélite sendo transportadas por embarcações iranianas.
O resultado foi que as lanchas, que são parte da GuardaCostas (guarda costeira venezuelana), chegaram desmontadas e foram construídas na própria Venezuela (com modificações locais).
Embarcações locais e importares receberam o mesmo kit de lançamento de foguetes iranianos.
O treinamento está sendo feito por militares russos (também já mostramos vários nos stories do Instagram).
A Rússia também fornece ao país drones de reconhecimento ORLAN-10 (que frequentemente invadem o espaço aéreo colombiano).
O pagamento do treinamento é feito em ouro e petróleo cru.
A Venezuela está em uma verdadeira guerra (com aeronaves e tanques) contra as FARC há muitos anos, porém o conflito se intensificou em 2019*
Um outro país que também está presente militarmente na Venezuela é a China, que fornece radares militares, equipamentos de paraquedismo, fuzis, submetralhadoras e rifles antimaterial às Forças Armadas venezuelanas.
(em atualização)