CARACAS, 9 de janeiro — Políticos da oposição venezuelana confirmaram há pouco que a líder opositora María Corina Machado foi sequestrada na Venezuela por soldados do regime de Maduro, pertencentes à Divisão de Assuntos Especiais (DAE), braço da força de contrainteligência (DGCIM) comandado por um dos principais aliados do ditador, que chegaram a disparar contra o seu comboio ao final de um protesto na capital.
De acordo com mídia venezuelana VPITV, baseada no exterior como todas as que não têm vínculos com o regime de Maduro, o comboio de María Corina Machado foi “violentamente interceptado”.
A divisão responsável pelo sequestro de María Corina Machado é comandada pelo coronel Granko Arteaga, conhecido torturador e abusador sexual reconhecido até pela ONU, além de ser um dos militares mais proeminentes do chavismo.
Essa unidade militar tem como base a conhecida base aérea La Carlota (Generalissimo Francisco de Miranda).
Até o momento, apenas o presidente do Panamá, José Raul Mulino, comentou sobre a prisão, pedindo a soltura imediata da líder oposicionista venezuelana.
O vencedor das últimas eleições venezuelanas, de acordo com mais de 85% atas de votação, o candidato Edmundo González, que representou Corina nas urnas, utilizou suas redes sociais para exigir a soltura da opositora.
“Como presidente eleito, exijo a libertação imediata de María Corina Machado. Aos agentes de segurança que a sequestraram, digo: não brinquem com fogo.” -Edmundo González
O ditador Nicolás Maduro deverá tomar posse amanhã, com a presença da embaixadora brasileira em Caracas, Glivânia Maria de Oliveira, que representará o governo do Brasil na cerimônia.
O governo brasileiro ainda não comentou sobre o assunto.
(Matéria em atualização)