BRASÍLIA, 7 de agosto — O Banco Central anunciou agora o nome do novo “real digital” que estará disponível até o fim de 2024 e será emitido pelo próprio banco como uma extensão da moeda física brasileira; de acordo com o BC, o “DREX” (Digital Real Electronic X) poderá ser trocado por papel-moeda comum (e vice-versa) e, assim como funciona o “PIX”, “possibilitará pagamentos instantâneos sem as esperas de dias úteis para compensações bancárias”, reduzindo o tempo e o custo das transações financeiras.
O dinheiro digital brasileiro “DREX”, que surgiu de um grupo de estudos do BC iniciado em 2020, será guardado digitalmente em carteiras virtuais em bancos e demais instituições financeiras.
Na prática, o DREX será como uma criptomoeda emitida pelo BC (funcionará em blockchain), sem rentabilidade e sem variação no preço, já que na realidade ela é apenas uma versão virtual do mesmo Real (garantida pelo governo).
Assim como o PIX, é esperado que o DREX (apelidado no BC de “primo do PIX”) também esteja em pleno funcionamento ainda no mandato do presidente do Banco Central Roberto Campos Neto.
A diferença do PIX e do DREX, na prática, é que o PIX é o meio de transação, e o DREX seria uma unidade da moeda em si.
“O real digital é uma expressão da moeda soberana brasileira, que está sendo desenvolvida para dar suporte a um ambiente seguro onde empreendedores possam inovar e onde os consumidores possam ter acesso às vantagens tecnológicas trazidas por essas novas ferramentas, sem que para isso precisem se expor a um ambiente financeiro não regulado […] a solução, anteriormente referida por real digital, propiciará um ambiente seguro e regulado para a geração de novos negócios e o acesso mais democrático aos benefícios da digitalização da economia a cidadãos e empreendedores […] de cara nova e nome próprio, nosso projeto de moeda digital de banco central (em inglês, Central Bank Digital Currency – CBDC), criado e operado pelo Banco Central do Brasil (BC), agora se chama Drex” -trecho da nota do Banco Central
De acordo com o BC, pessoas físicas ou jurídicas poderão ter acesso à moeda digital entregando a moeda convencional para que sejam emitidos os valores correspondentes no novo formato (via bancos e instituições financeiras com a devida autorização do BC).
O prazo mais alongado para o início da utilização do “DREX”, de acordo com o BC, visa “estabelecer um ambiente regulatório sólido e seguro para garantir a integridade do sistema e a proteção dos usuários”.
Atualmente o BC realiza testes com o protótipo da moeda junto com 16 consórcios, entre eles os maiores bancos do país.
Detalhes da moeda foram explicados em uma live do BC com o coordenador do projeto, o economista Fabio Araujo:
(Em atualização)