Câmara aprova exigência de exame toxicológico para quem for tirar a primeira habilitação, inclusive para não profissionais

Imagem oficial ilustrativa por Governo Brasileiro

BRASÍLIA, 29 de maio — Sob a justificativa de reduzir o número de acidentes de trânsito, a Câmara dos Deputados aprovou o texto-base de um projeto (Projeto de Lei 3965/2021) que destinará recursos de multas para financiar a formação de condutores de baixa renda e a emissão de suas CNHs (Carteira Nacional de Habilitação), bem como tornará obrigatório o exame toxicológico para quem for tirar a primeira habilitação, inclusive não profissionais (categorias A e B), com realização do teste em clínicas credenciadas — as mesmas dos exames psicotécnicos — e análise por laboratórios autorizados.

Segundo a Associação Brasileira de Toxicologia (Abtox), o exame, atualmente exigido apenas para motoristas profissionais de caminhões, ônibus e vans, tem custo médio de R$ 135, valor que será acrescido ao custo total da habilitação.

“A exigência constitui condição para a primeira habilitação – permissão para o direito de dirigir – de condutores das categorias A e B que não atuem profissionalmente no transporte de passageiros ou cargas” -texto do projeto

O projeto, de autoria do deputado José Guimarães (PT-CE), já havia sido aprovado pela Câmara e enviado ao Senado, sob relatoria do senador Randolfe Rodrigues (PT-AP), mas retornou à Câmara devido às alterações feitas pelos senadores.

O texto aprovado anteriormente pelo Senado previa o aumento de 40 para 50 pontos no limite para suspensão da carteira de habilitação, tornava obrigatório o exame toxicológico para a renovação dos motoristas profissionais privados e autônomos — como motoristas de aplicativo e táxis —, obrigava as empresas a exigirem o documento antes de cadastrar o motorista, com comprovação do teste pelas empresas e custo integralmente arcado pelos próprios motoristas, mas esses trechos foram retirados pela Câmara após um acordo.

Embora o projeto contenha a obrigatoriedade do exame toxicológico para motoristas comuns, ele foi vendido por seus parlamentares apoiadores como uma medida de caráter econômico, voltada a financiar a habilitação de inscritos no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico).

Destaques da proposta ainda serão analisados no plenário da Câmara e, em seguida, a matéria seguirá para sanção presidencial.

De acordo com uma pesquisa do IPEC divulgada em 7 de abril de 2025, a obrigatoriedade teria o apoio de 83% dos brasileiros.


(Matéria em atualização)

Últimas Notícias

Mais lidas da semana

- PUBLICIDADE -spot_img

Matérias Relacionadas

O Apolo nas redes sociais

O Apolo Brasil no Instagram

O Apolo Brasil no Telegram

O Apolo Brasil no X

O Apolo Brasil no TikTok

O Apolo Brasil no Facebook

O Apolo Brasil no Threads

- NOVIDADE -spot_imgspot_imgspot_imgspot_img

Leia mais

Lula viraliza ao dizer na Paraíba que “Deus deixou o sertão sem água porque sabia que eu seria presidente”

CACHOEIRA DOS ÍNDIOS, 28 de maio — O presidente Lula voltou a viralizar nesta quarta-feira (28) por conta de uma fala polêmica durante visita à Paraíba, onde, ao comentar as obras de transposição do Rio São Francisco, afirmou que “Deus deixou o sertão sem...