Em live, Lula anuncia criação de uma bolsa no estilo “poupança” para estudantes do Ensino Médio que poderá ser retirada no fim dos estudos “para fazer o que quiser”

Presidente Lula e ministro da Fazenda Fernando Haddad durante a live semanal de hoje | Imagem por Agência Brasil/CanalGov (EBC)/YouTube/@lula

BRASÍLIA, 21 de novembro — Na tradicional live semanal “Conversa com o Presidente” que foi transmitida há pouco pelos canais oficiais do governo brasileiro, o presidente Lula anunciou que criará uma ‘bolsa-permanência’ no estilo “poupança” para estudantes do Ensino Médio com o objetivo oficial de fazer o jovem estudante “não desistir da escola”; o assunto já havia sido abordado pelo ministro da Educação Camilo Santana em uma live no fim de outubro.

Durante a live onde foi realizado o anúncio, estava presente o ministro da Fazenda Fernando Haddad, que comentava sobre o programa “Desenrola”.

“Eu tenho neto com 25 anos que não tem profissão. Nós precisamos dizer para essa juventude como é que a gente vai fazer para criar para eles oportunidade de trabalho […] Esse é um problema que nós temos que resolver, porque essa juventude tem que trabalhar. Você imagina, o cara não trabalha, desiste de estudar e tem um celular na mão, o celular passa a ser uma bomba atômica, porque esse cara tá com raiva de todo mundo. Esse cara não acredita em ninguém, ele tá perdendo a esperança, coisa que nenhum ser humano pode.” -Lula

O valor que será entregue aos alunos, tanto quanto as condições do pagamento, ainda foram divulgadas e provavelmente serão esclarecidas durante o lançamento do programa na próxima semana.

Internamente, a discussão atual no Ministério da Educação seria sobre escolher um valor menor para o programa, que atingiria mais alunos, ou um valor maior, que atingiria um público menor (e não causaria o efeito político desejado).

O governo espera iniciar os pagamentos já no próximo ano.

Ainda não se sabe qual será o impacto no orçamento com o lançamento deste programa.

O governo ainda diz que tentará alcançar a cifra de R$ 168 bilhões necessária para atingir a meta de zerar o déficit das contas públicas em 2024 (arcabouço fiscal) – meta que já foi dada como morta pelo próprio presidente Lula durante um café com jornalistas, mas que ganhou vida na última semana por ainda estar presente nos discursos do ministro Haddad.


(Em atualização)

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