Novas eleições garantem o retorno de Netanyahu ao poder em Israel; novo governo deverá ser anunciado em duas semanas

Benjamin “Bibi” Netanyahu | Imagem por U.S. Embassy Tel Aviv

JERUSALÉM, 3 de novembro — O ex-primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu foi o grande vencedor das últimas eleições em Israel, realizadas nesta última terça-feira, e deverá formar um novo governo já nas próximas duas semanas; essa será a terceira vez que “Bibi” assume a liderança do país no cargo de primeiro-ministro.

Essa eleição foi convocada no dia 20/06, após a dissolução do Parlamento local pelo então primeiro-ministro Naftali Bennett.

Netanyahu foi derrubado formalmente de seu cargo no dia 2 de junho, após não conseguir formar uma maioria no Parlamento local, e após o presidente israelense ter passado a tarefa (autorização) de formação de um novo governo ao seu rival Yair Lapid.

Desde então, o país foi comandado por uma coalização liderada pelo próprio Yair Lapid e por Naftali Bennett (os dois combinaram de revezar a cadeira de primeiro-ministro).

O Parlamento israelense é tão dividido que a eleição desta última terça-feira foi a quinta em pouco mais de 3 anos.

De acordo com os resultados finais das eleições da última terça-feira, que ainda serão certificados nos próximos dias, o bloco do ex-primeiro-ministro (e futuro primeiro-ministro) Benjamin Netanyahu conquistou 64 das 120 cadeiras no Knesset (Parlamento local).

Netanyahu, líder da sigla Likud (32 cadeiras), governará com uma coalizão formada pelos partidos Sionismo Religioso (14 cadeiras), Shas (11 cadeiras) e Judaísmo da Torá Unida (7 cadeiras).

A coalizão dos partidos que hoje governam Israel obteve apenas 51 cadeiras.

Os partidos/políticos de esquerda praticamente deixaram de existir e foram substituídos por partidos/políticos religiosos*

O atual primeiro-ministro, Yair Lapid, já fez um telefonema ao futuro primeiro-ministro Netanyahu e disse que instruiu sua equipe a “preparar uma transição organizada de poder”.

É esperado que o futuro primeiro-ministro consiga fechar as últimas negociações e assumir o controle do país já nas próximas duas semanas.


(em atualização)

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