Nova pesquisa de Harvard indica que apesar dos protestos em universidades, 72% dos eleitores americanos apoiam que Israel entre no sul de Gaza

Bandeira da Palestina sendo erguida no lugar da bandeira dos EUA no Campus de Harvard, em frente à famosa estátua de John Harvard | Imagem por REPRODUÇÃO/redes sociais

WASHINGTON, 29 de abril — Em meio a uma onda de protestos anti-Israel em universidades americanas, que têm recebido uma ampla cobertura internacional, o Centro de Estudos Políticos de Harvard (Harvard CAPS-Harris Poll), conhecido por suas pesquisas políticas frequentemente citadas como a “pesquisa de Harvard” pela mídia internacional, divulgou mais uma de suas pesquisas mensais sobre questões políticas nos Estados Unidos incluindo novamente questionamentos sobre a visão dos americanos em relação ao conflito entre Israel e o grupo terrorista Hamas em Gaza.

A pesquisa, que foi realizada entre os dias 24 e 25 de abril e serve como um indicador do clima político nos Estados Unidos sobre as nuances do conflito entre Israel e o Hamas em Gaza, fornece dados importantes que certamente serão utilizados nas atuais campanhas políticas americanas.

O país passará por uma eleição presidencial no dia 05/11/2024 entre o atual presidente Joe Biden e o ex-presidente Donald Trump.

É esperado que candidatos e tomadores de decisão de campanhas políticas examinem os resultados deste tipo de pesquisa para alinhar suas posições com a opinião pública predominante sobre o assunto que está atualmente em destaque nos principais veículos de mídia e redes sociais pelo mundo.

De acordo com a nova pesquisa de Harvard:

  • 80% dos americanos preferem Israel ao Hamas (20% apoiam diretamente o grupo terrorista)
  • 56% apoiam o financiamento militar de Israel;
  • 67% acreditam que Israel tenta evitar a morte de civis (aumentou 1% com relação ao mês passado);
  • 2/3 dos eleitores dizem que os EUA têm a obrigação de ajudar Israel (67%) e Ucrânia (67%);
  • 2/3 apoiam convidar Israel (66%) e Ucrânia (70%) para a OTAN;
  • 61% apoiam um cessar fogo com a condição do Hamas sair do poder e com a libertação de todos os reféns (34% são favoráveis a um cessar-fogo incondicional);
  • 78% apoiam que o Hamas não possa participar do governo futuro de Gaza;
  • 72% apoiam que Israel continue avançando ao sul de Gaza para terminar a guerra fazendo o seu melhor para evitar mortes de civis;
  • 35% dos eleitores acreditam que Gaza deveria ser administrada por Israel após a guerra. Outros 35% acreditam que Gaza deveria ser administrada por nações árabes e 30% acreditam que a região deveria ser administrada pela Autoridade Palestina;
  • 71% dos eleitores acreditam que o Hamas é o mais responsável pela guerra em Gaza;
  • 51% dos eleitores acreditam nos números do Hamas de que 30 mil civis morreram na guerra. 49% falam que este número é exagerado;
  • 75% dos eleitores americanos acreditam que o Irã está por trás do ataque terrorista do 7 de outubro;
  • 69% dos eleitores acreditam que o Irã é o maior responsável por escalar o conflito no Oriente Médio;
  • 80% dos americanos acreditam que o Irã é uma grande ameaça aos Estados Unidos no Oriente Médio e que o Irã jamais deveria ter armas nucleares;
  • 67% dos eleitores acreditam que negociações com o Irã são inúteis e que o melhor meio de parar a corrida nuclear iraniana são as sanções e o isolamento;
  • 65% dos eleitores acreditam o Irã violará qualquer acordo sobre armas nucleares;
  • 69% dos eleitores acreditam que há muito antissemitismo nos Campus de universidades americanas. 31% dizem que isso é exagero;
  • 59% dos eleitores acreditam que há muita islamofobia nos Campus de universidades americanas. 41% dizem que isso é exagero;
  • 63% dos eleitores acreditam que universidades não são um ambiente seguro para alunos e professores judeus;
  • 52% dos eleitores acreditam que universidades não são um ambiente seguro para alunos e professores muçulmanos;
  • 64% dos eleitores americanos acreditam que lideranças educacionais não estão fazendo o suficiente para previnir o antissemitismo;
  • 83% apoiam a suspensão de alunos e professores que participarem de protestos antissemitas violentos;
  • 80% apoiam a suspensão de alunos e professores que forem pegos defendendo a violência contra judeus;
  • 64% dos eleitores dizem que há um problema no que é ensinado em universidades americanas.

[Clique aqui para ler a pesquisa completa >]


De acordo com a mídia americana, citando dados oficiais, nos últimos protesto anti-Israel em universidades dos EUA, ao menos 900 pessoas entre alunos, professores e até uma candidata à presidência, já foram presos por impedir aulas, impedir a entrada de estudantes e professores judeus ou por participarem de protestos violentos com temáticas antissemitas.

Manifestante utilizando uma faixa das Brigadas al-Qassaam (braço armado do grupo terrorista Hamas) no Campus da Universidade de Stanford, na Califórnia

Os manifestantes pró-Palestina (alguns publicamente apoiadores do grupo terrorista Hamas), citando um genocídio em Gaza, pedem que as universidades cortem relações com projetos que tratam de cooperações militares com Israel.

Alguns grupos pedem o fim da guerra impedindo aulas em universidades que não possuem qualquer relação com Israel*

Aluno judeu sendo fisicamente impedido de entrar em uma aula na Universidade da Califórnia, em Los Angeles
Manifestantes apoiadores do Hamas gritando “al-Qassam nos dê orgulho, matem mais um soldado” na Universidade da Pennsylvania

Várias universidades que tiveram seus prédios ocupados estão oficialmente mudando seus cursos para a modalidade à distância.


(Matéria em atualização)

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