Equador confirma que os 6 acusados pelo assassinato do ex-candidato à presidência Fernando Villavicencio foram mortos em uma rebelião em um presídio em Guayaquil

Ex-candidato à presidência Fernando Villavicencio | Imagem por Mauricio Muñoz/Asamblea Nacional

GUAYAQUIL, 7 de outubro — A autoridade prisional do Equador SNAI (Servicio Nacional de Atención Integral a Personas Adultas Privadas de la Libertad y a Adolescentes Infractores) confirmou nesta noite que os seis detentos que foram presos pela participação no assassinato do ex-candidato à presidência do país Fernando Villavicencio, que concorria pela sigla de centro-direita “Movimento Construye” e morreu saindo de um comício político dias antes das eleições que aconteceram no mês passado (primeiro turno), foram mortos nesta noite em uma rebelião na penitenciária Litoral, em Guayaquil (todos eram colombianos).

COMUNICADO OFICIAL – O Serviço Nacional de Atenção Integral aos Adultos Privados de Liberdade e Adolescentes Infratores (SNAI) comunica: Uma vez que as instituições encarregadas da remoção dos corpos realizaram os testes exigidos, é oportuno informar que as seis pessoas privadas de liberdade (PPL) que morreram dentro do Centro de Privação de Liberdade (CPL) nº 1 de Guayas, respondem aos nomes de: Jhon Gregore R., Andrés Manuel M., Adey Fernando G., Camilo Andrés R., Sules Osmin C. e José Neyder L. Todos os membros do PPL são cidadãos colombianos e foram acusados do assassinato do ex-presidente Fernando Villavicencio. O Governo Nacional condena este fato e ratifica a sua vontade política de colaborar com as investigações pertinentes a fim de identificar os responsáveis intelectuais pelo crime do ex-candidato.”

O presidente equatoriano Guillermo Lasso fez um tuíte em suas redes sociais dando ciência do ocorrido e dizendo que estava retornando ao país para uma reunião com o seu Gabinete de Segurança para avaliar a situação.

“Após a informação sobre os seis crimes ocorridos no Centro de Privação de Liberdade nº 1, em Guayaquil, ordenei uma reunião imediata do Gabinete de Segurança. Nas próximas horas retornarei ao Equador para atender esta emergência.Nem cumplicidade nem encobrimento, aqui a verdade será conhecida.” -presidente Lasso

O país vem passando por pesados confrontos contra a narcoviolência e recentemente várias regiões foram colocadas em estado de emergência, com direito a toques de recolher.

O Equador, que escoa boa parte da cocaína dos maiores produtores do mundo, Colômbia e Peru, vem fazendo desde 2021 apreensões recordes da droga, boa parte delas sendo destinada a portos europeus.

Outro recorde local que foi batido recentemente foi o aumento expressivo na taxa de homicídios do país, que dobrou entre os anos de 2021 e 2022; localmente e em veículos internacionais de mídia, compararam este aumento com a realidade vivida pelo Brasil (‘taxa brasileira’).

Em abril, Lasso apareceu em uma transmissão em cadeia nacional liberando o porte e a posse civil de armas de fogo como medida para conter a narcoviolência no país.


O segundo turno das eleições presidenciais no Equador acontecerá no próximo dia 15 e será disputado por Luisa González, ex-deputada socialista seguidora do ex-presidente Rafael Correa (2007-2017), que foi condenado por corrupção e atualmente vive em Bruxelas, e Daniel Noboa, ex-deputado e empresário, filho do ex-candidato à Presidência da República Álvaro Noboa Pontón.

Quem são os candidatos que disputarão o segundo turno:

  • Luisa Magdalena González Alcívar.Ex-deputada socialista advogada com especialização em economia internacional e desenvolvimento, Luisa é formada na Universidade Internacional do Equador, mestre em Alta Direção pelo Instituto de Estudos Nacionais Superiores, e em Economia Internacional e Desenvolvimento pela Universidade Complutense de Madrid. Apesar de levar a bandeira da esquerda no país, tem posicionamentos contrários ao bloco, sendo contra o aborto, inclusive em casos de estupro, por exemplo. Luisa também já foi ministra do Trabalho e do Turismo, secretária-nacional do Parlamento Andino, secretária-nacional de Administração Pública, vice-ministra da Gestão do Turismo do Ministério do Turismo, ex-secretária-geral da Presidência da República durante o governo de Rafael Correa, cônsul geral e vice-cônsul do Equador em Madri e cônsul geral em Alicante.
  • Daniel Roy-Gilchrist Noboa Azin.Ex-deputado pela província de Santa Elena, Daniel é formado em Administração de Empresas pela Stern School of Business da Universidade de Nova York, Administração Pública em Harvard, e possui um mestrado em Comunicação Política e Governança Estratégica pela Universidade George Washington. Noboa é filho do empresário do ramo de plantação e exportação de bananas e ex-candidato à presidência Álvaro Noboa Pontón.

(Em atualização)

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