Em evento do PT, ministro Fernando Haddad diz que seu partido “vai dar trabalho para essa extrema-direita escrota que está aí” em 2026

Presidente Lula e Ministro de Estado da Fazenda, Fernando Haddad | Imagem ilustrativa por Ricardo Stuckert/PR

BRASÍLIA, 20 de maio — O ministro de Estado da Fazenda, Fernando Haddad, voltou ao noticiário brasileiro nesta noite ao comentar as próximas eleições presidenciais e afirmar, sem meias palavras, durante um evento do PT em Brasília, que seu partido derrotará “essa extrema-direita escrota que está aí” em 2026.

“Vejo que está todo mundo com a cara mais contente hoje. Ano que vem nós vamos dar trabalho pra essa extrema direita escrota que está aí e vamos ver de novo o presidente Lula subir mais uma vez a rampa do Palácio do Planalto” -ministro Fernando Haddad

A declaração foi feita durante um evento da campanha interna do ex-prefeito de Araraquara (SP) Edinho Silva à presidência do PT. Ele disputa o comando do partido pela Construindo um Novo Brasil (CNB), corrente majoritária no PT, e deve assumir a cadeira que há pouco era ocupada por Gleisi Hoffmann, sem enfrentar grandes obstáculos.

Edinho, candidato apoiado por Lula, enfrentará como adversários Rui Falcão (que conta com o apoio de José Genoíno, Olívio Dutra e do MST), Valter Pomar e Romênio Pereira.

Antes de assumir o cargo de ministra da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República e sair da corrida, Gleisi era a franca favorita para conquistar um terceiro mandato como presidente do PT por meio de uma manobra classificada como “golpe” por seus antigos adversários na disputa.

Outro motivo que levou o grupo político da ministra a desistir da disputa foi uma concessão de Edinho na queda de braço que garantiu à aliada de Gleisi, Gleide Andrade — já tesoureira do PT — a permanência no cargo, mantendo o controle do cofre da sigla.

Dos quase R$ 5 bilhões em dinheiro público, de imposto, destinados ao polêmico fundão eleitoral — formado pelo fundo eleitoral e pelo fundo partidário — para 29 partidos nas últimas eleições municipais, cerca de R$ 766 milhões foram administrados exclusivamente pela direção nacional da sigla PT.

De acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o valor é mais que o dobro do que foi repassado ao PT nas eleições municipais de 2020 — aumento atribuído à maior bancada do partido na Câmara dos Deputados e à ampliação de R$ 2,9 bilhões no fundão eleitoral aprovada pelo Congresso (passou de R$ 2 bilhões para R$ 4,9 bilhões em apenas uma eleição).

As maiores transferências do partido na última eleição municipal foram destinadas à campanha derrotada de Guilherme Boulos (PSOL) e Marta Suplicy (PT) em São Paulo, que recebeu R$ 44,1 milhões. Em seguida, aparecem os diretórios estaduais de Minas Gerais (R$ 31,5 milhões), ligado à tesoureira Gleide Andrade; da Bahia (R$ 24 milhões), associado ao líder do governo no Senado, Jaques Wagner; do Rio Grande do Sul (R$ 17,9 milhões), vinculado ao ex-ministro Paulo Pimenta e ao secretário-geral do PT, Henrique Fontana; do Paraná (R$ 15,1 milhões), ligado à ministra Gleisi Hoffmann; do Piauí (R$ 10,7 milhões), ligado ao ministro do Desenvolvimento Social, Wellington Dias; e do Rio de Janeiro (R$ 8,9 milhões), controlado pelo prefeito de Maricá e vice-presidente do PT, Washington Quaquá, que também desistiu da disputa pela presidência do partido a pedido de Lula.


(Matéria em atualização)

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