Venezuela aceita convite chinês para participar de projeto que mira construção de base na lua; país foi o primeiro convidado a participar do projeto liderado por China e Rússia

Nicolás Maduro | Imagem por Prensa Miraflores

CARACAS, 9 de abril — O regime chinês convidou oficialmente a Venezuela para participar do projeto de construção da Estação Internacional de Pesquisa Lunar (ILRS), que está planejada para ser construída no início de 2030 (algumas missões menores serão realizadas antes de 2030 e farão a organização da infraestrutura local); Venezuela será o primeiro país a se juntar ao projeto que é liderado por China e Rússia.

Após o reinício da guerra e invasão da Ucrânia, em fevereiro de 2022, o nome da Rússia não tem sido citado pela China na promoção do projeto, que vem tendo dificuldades em obter adeptos (o nome do país sequer foi citado no último Congresso Internacional de Astronáutica)*

Nota do regime venezuelano: “A República Bolivariana da Venezuela acolhe o convite do Governo da República Popular da China para participar do projeto da Estação Internacional de Pesquisa Lunar (ILRS), tornando-se assim o primeiro país convidado a aderir a este importante projeto, que está em desenvolvimento e está programado para ser construído a partir de 2030. A Associação Estratégica entre Venezuela e China transcende todas as áreas de cooperação e hoje constitui um reconhecimento dos esforços do Governo Bolivariano em prol do desenvolvimento científico de nosso país. Da Venezuela vemos com grande expectativa os resultados da recente reunião realizada entre a Agência Bolivariana de Atividades Espaciais (ABAE) e o Laboratório Nacional de Exploração do Espaço Profundo (DSEL) da China. O Governo da República Bolivariana da Venezuela reitera a sincera fraternidade, amizade e solidariedade que o une ao Governo da República Popular da China, com o compromisso de continuar aprofundando a Associação Estratégica que tantos benefícios trouxe a nossos países.”

Na prática, o projeto ILRS, liderado por China e Rússia, concorrerá com o projeto americano Artemis, que é assinado por 23 países “e um território”, incluindo o Brasil (Austrália, Bahrein, Brasil, Canadá, Colômbia, França, Israel, Itália, Japão, Luxemburgo, México, Nova Zelândia, Nigéria, Polônia, Coreia do Sul, Romênia, Ruanda, Cingapura, Arábia Saudita, Ucrânia, Emirados Árabes Unidos, Reino Unido, Estados Unidos e Ilha de Man).

No dia 30 de março, a Venezuela chegou a enviar a diretora executiva da Agência Bolivariana Venezuelana para Atividades Espaciais (ABAE), Marglad Bencomo, para uma visita oficial ao novo Laboratório Nacional de Exploração do Espaço Profundo da China (DSEL) para discutir essa cooperação (viagem simbólica).

A China já tem um histórico recente de desenvolvimento e lançamento de satélites para a Venezuela*

A assinatura oficial de entrada da Venezuela no projeto provavelmente acontecerá no dia 24 de abril, durante um fórum internacional no “Dia Espacial” nacional da China.

O grupo acredita que também contará com a assinatura/participação do Brasil e de outros países da América do Sul.

Vídeo oficial (animação) do projeto (imagens da estatal chinesa CGTN)

A China já publicou detalhes de uma visita que Carlos Augusto Teixeira de Moura, presidente da Agência Espacial Brasileira, fez ao país no fim do mês passado para discutir a participação (“cooperação”) do Brasil neste acordo, mesmo o Brasil sendo signatário do acordo rival.


(em atualização)

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