FLORIANÓPOLIS, 9 de agosto — A Polícia Federal está cumprindo mandados nesta manhã de uma Operação batizada de “Constituição Cidadã”, um deles envolvendo a prisão preventiva do ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal do ex-presidente Jair Bolsonaro, Silvinei Vasques, por suposta interferência no 2° turno da última eleição presidencial; os mandados foram autorizados pelo ministro Alexandre de Moraes.
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Outros mandados de busca e apreensão contra diretores da PRF da última gestão estão sendo cumpridos no Distrito Federal, no Rio Grande do Sul, em Santa Catarina e no Rio Grande do Norte.
Também são alvos confirmados da Operação: Anderson Frazão (ex-coordenador-geral de Gestão Operacional), Antonio Melo Schlichting Junior (ex-coordenador-geral de Combate ao Crime), Wendel Benevides (ex-corregedor-geral), Djairlon Henrique Moura (ex-diretor de Operações), Luis Carlos Reischak (ex-diretor de Inteligência) e Rodrigo Cardozo Hoppe (ex-diretor de Inteligência substituto).
Como justificativa, a Operação de hoje teria sido baseada em uma blitze da PRF que foi realizada no dia do segundo turno, onde supostamente o atual presidente Lula teria mais vantagem de votos sobre o ex-presidente Jair Bolsonaro (fiscalização de 2 mil ônibus na região Nordeste e 571 na região Sudeste).
Segundo o próprio TSE, ninguém teria deixado de votar por conta da blitze em questão.
No próprio dia eleição, Moraes, presidindo o TSE, já havia emitido uma ordem de suspensão imediata da suposta blitze, sob pena de prisão do ex-chefe da PRF Silvinei Vasques (ordem que segundo Moraes teria sido desrespeitada).
O mandado de prisão preventiva de Vasques inclui os crimes de “violência política”, prevaricação, e de “impedir ou atrapalhar a votação” (Código Eleitoral).
Segundo consta no mandado (justificativa), ainda existiria a possibilidade de Silvinei, por “exercer influência sobre alguns servidores”, interferir nos depoimentos que ainda estão sendo colhidos.
Os outros mandados de busca e apreensão teriam o objetivo de apurar se já houve alguma interferência.
Ainda como apoio à Operação, a Corregedoria Geral da PRF determinou a oitiva de 47 policiais rodoviários federais.
Silvinei já prestou esclarecimentos sobre esse evento até na CPMI do 8 de janeiro e chamou essa acusação de “maior injustiça da história”.
Caso ele seja condenado por “agir em benefício de uma terceira pessoa” nas ações da corporação, seguindo o regimento interno da PRF, poderá perder de forma automática o seu direito à aposentadoria.
(Em atualização)