BRASÍLIA, 30 de junho — O Tribunal Superior Eleitoral, com 5 votos a 2, encerrou agora o julgamento que determinou a condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro e sua inelegibilidade por 8 anos por “abuso de poder político” e “uso indevido dos meios de comunicação estatal” por conta de uma reunião que o ex-presidente realizou com 72 embaixadores no Palácio do Alvorada (reunião transmitida pela TV Brasil/EBC), em julho de 2022, com a temática voltada ao sistema eleitoral brasileiro (tratada na ação como “ataque” ao sistema eleitoral); o placar já era esperado.
A ação, que foi apresentada pelos advogados da sigla PDT Walber Moura e Ezikelly Barros, foi relatada pelo ministro Benedito Gonçalves, que na última terça-feira (27) fez um longo voto pedindo a condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro e a sua inelegibilidade por 8 anos.
Gonçalves também foi o responsável pelo voto (seguido por unanimidade) que cassou o mandato do ex-procurador da Lava Jato e deputado federal Deltan Dallagnol, e é um dos mais cotados para assumir a próxima vaga ao STF que será aberta com a aposentadoria da ministra Rosa Weber em outubro deste ano.
Seu voto pela condenação de Jair Bolsonaro foi seguido pelos ministros Floriano de Azevedo Marques, André Ramos Tavares, Cármen Lúcia e Alexandre de Moraes.
Ficaram vencidos os ministros Raul Araújo e Nunes Marques.
Com o resultado, o ex-presidente ficará de fora das disputas eleitorais até 2032 (Jair Bolsonaro fez 68 anos no dia 21 de março).
(Em atualização)